Certa vez, em reunião com os coordenadores de educação do município de Várzea da Roça, em planejamento de uma semana pedagógica, sugeri para eles um tema profundamente polêmico, que mexeria com as estruturas de todos os atores envolvidos com o processo municipal de educação, inclusive o ente público responsável, no caso a própria Prefeitura, à época.
O que sugerimos:
Que se discutisse: 1 - " A escola que temos e a escola que gostaríamos de ter."
2 - " O professor que temos e o professor que gostaríamos de ter."
3- " O aluno que temos e o aluno que gostaríamos de formar".
Pensando que a escola tem como dever produzir cidadãos conscientes, preparados para uma integração sempre maior com os seus iguais, respeitando as diferenças individuais, úteis à sua comunidade, bons profissionais nas áreas que escolherem para suas vidas, livres pensadores, conscientes das leis que nos regem como nação, O QUE FAZER?
Como valorizar o professor que SE VALORIZA????????
Será que o texto abaixo , que recebi de um amigo professor esta semana , está prestes a se concretizar?
A EXTINÇÃO DE PROFESSORES
O ano é 2.020 D.C. - ou seja, daqui a nove anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:
– Vovô, por que o mundo está acabando?
A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:
– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.
– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?
O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.
– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?
– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios.
Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.
– E como foi que eles desapareceram, vovô?
– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.
Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. O professores eram vítimas da violência – física, verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.
Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.
Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.
E aí, pessoal? Vamos todos pensar em como isso não se tornará realidade?
Será que todos nós que somos pais não desejamos a melhor formação para os nossos filhos?
E a nossa juventude, tão participativa e antenada nas coisas e realidades do mundo, qual será a escola dos seus sonhos?
Está aí outra polêmica no ar.
Vamos pensar e falar.
Pensem sempre em Deus, como gerador do equilíbrio de todas as coisas.
E aí, pessoal? Vamos todos pensar em como isso não se tornará realidade?
Será que todos nós que somos pais não desejamos a melhor formação para os nossos filhos?
E a nossa juventude, tão participativa e antenada nas coisas e realidades do mundo, qual será a escola dos seus sonhos?
Está aí outra polêmica no ar.
Vamos pensar e falar.
Pensem sempre em Deus, como gerador do equilíbrio de todas as coisas.
Realmente é um absurdo!!! Graças a Deus ainda existem políticos, que pensam de outra forma, como vocês podem ver nesse projeto que está tramitando em Brasília. Talvez ainda tenhamos chance de salvar o educador...Projeto de Lei 267/11
ResponderExcluirA Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente. A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante. Indisciplina: De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte:http://primasfalando.blogspot.com/2011/04/camara-analisa-projeto-de-lei-que-pune.html
PASSEM PARA TODOS OS PROFESSORES, e até para quem não é para ficar sabendo o que está acontecendo na Educação . . . VAMOS APOIAR !
Elisabeth Tourinho
Fiz magistério na época por falta de opção, meses depois fiz concurso para professor e passei a lecionar. Percebi então que apesar de não ter tanto apego por tal profissão, havia uma necessidade de ter esse contato com os alunos. Anos depois fiz Pedagogia, e já estou lecionando a quase 14 anos. Particularmente, nunca tive problemas com o alunado no que se refere a desrespeito na sala de aula, mas, percebo que com tanta facilidade que o sistema educacional apresenta o alunado não se interessa mais com a aprendizagem. Isso é muito triste, hoje estamos formando alunos e não estudantes, pois muitos não conseguem interpretar uma questão contextualizada, o alunado não tem hábito de leitura, com isso, também não consegue escrever. Escreve bem e correto quem muito ler. Nós como professores temos que mostrar o mundo da leitura para nossos alunos, para que possam se tornar cidadãos mais críticos. Infelizmente a classe mais desvalorizada hoje é a do professor, precisamos de mais apoio dos políticos e da sociedade em geral, para que o professor venha ter o valor, não só financeiro, mas valor como patrimônio mundial da educação.
ResponderExcluirMárcia Santos,
Professora do Centro Educacional Pe. João Farias
Sou educadora da rede municipal da cidade de Mairi a 16 anos e, como educadora, observo nitidade que os nossos alunos não nos respeitam mais como antigamente... Sem dúvida a geração está mudada... óbvio! Tudo muda... por isso passamos pela ditadura, coronelismo, e hj estamos na democracia. Passamos pelo iluminismo, pelo barroco, romantismo, tropicalismo e hj estamos na tendência contemporânea... As pessoas vivem mudando, somos uma verdadeira "metamorfose ambulante". E a mudança principal que causou essa falta de respeito dos alunos de atualmente é a mudança de postura dos pais com relação à educação de dentro de casa. Na intenção de melhorar, os pais tentaram mudar o que eles achavam "errado" ou exagerado na sua educação, e isso foi despertando na sociedade uma curiosidade de saber se aquela educação dos nossos avós não estava errada e que talvez pudéssemos educar melhor... Mas as consequencias disso estão aí pra td mundo ver: crianças e adolescentes ousados, cheios de si, arrogantes e prepotentes, sabedores que existem leis que os protegem contra tudo e todos, mesmo que eles cometam delitos maiores como crimes... Viramos cobaias de nós mesmos, reféns de nossas próprias vontades em "descobrir" se estávamos certos ou errados. Era melhor ter continuado como estava... como diz o ditado: "não se mexe em time que está ganhando"... Agora temos que lutar para mudar mais uma vez as coisas, tentar melhorar o que era bom e hj está péssimo! É a vida...
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