segunda-feira, 14 de maio de 2012

Nossa luta pela transposição. 26 Mais novidades.

Oi, minha gente.

Estamos preparando um artigo sobre a Audiência Pública sobre a seca na região, articulada pela Deputada Neusa Cadore, que aconteceu no dia 11/05, sexta feira passada, na cidade de Ipirá.
Muitas novidades para os agricultores familiares, muitas medidas emergenciais para impedir a fome a sede da população rural, porém o mais importante não foi deliberado. Como se obter uma fonte de água permanente, segura e confiável de água de boa qualidade para nós todos? Pelo menos,  uma platéia de mais de 300 ouvintes, políticos da região e técnicos de diversos órgãos estaduais e federais, tomaram conhecimento que existe um movimento pela transposição bahiana do Rio São Francisco circulando em muitas cabeças da nossa região.
Como me afirmou a Profª Joilma Rios, de Várzea da Roça, uma semente foi plantada. Esperamos que cresça e desabroche em alguns cérebros sensatos e sensíveis, para que os nossos territórios tenham uma chance de  obter a água de boa qualidade, que é uma necessidade de todos hoje.

À noite, publicaremos o artigo detalhado sobre o evento e as medidas que foram anunciadas e decididas.

Deus esteja com todos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Nossa luta pela transposição - 25 Mais providencias para socorro aos agricultores atingidos pela seca.


Oi, minha gente.

Vejam abaixo nota publicada hoje no Bahia Notícias.
Mais preocupações com os efeitos da seca, e como proteger os agricultores.

Comissão é instalada para propor emendas á MP da Seca. 



Comissão é instalada para propor emendas à MP da Seca
Durante uma reunião no Senado Federal, na manhã desta quinta-feira (10), foi instalada a Comissão que propõe emendas à Medida Provisória 565/12, conhecida como MP da Seca. A norma tem o intuito de alterar a Lei nº 10.177, de 12 de janeiro de 2001, para autorizar o Poder Executivo a instituir linhas de crédito especiais com recursos dos fundos constitucionais de financiamento do norte, do nordeste e do centro-oeste para atender aos setores produtivos rural, industrial, comercial e de serviços dos municípios com situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Poder Executivo Federal, e a lei nº 10.954, de 29 de setembro de 2004, para permitir a ampliação do valor do auxílio emergencial financeiro. O colegiado será presidido pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) e vice presidida pelo senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA). O senador Walter Pinheiro (PT-BA) será o relator dos trechos e o deputado Heleno Silva (PRB-SE) será o revisor.

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Quanta miséria poderia ser evitada e quanto dinheiro poderia ser direcionado para geração de riquezas para o povo, se 
tivéssemos nos preparado com ações estruturantes  na direção da convivencia com a seca.

Precisamos de grandes açudes e barragens, precisamos da interligação das grandes bacias do estado, precisamos de algumas transposições de águas do Rio São Francisco para resolver situações de rios temporários que abastecem os reservatórios hoje existentes. 

Precisamos repensar toda a utilização do Rio Paraguaçu, que já mostra sinais de debilidade e grita por uma campanha severa e urgente de revitalização.

PRECISAMOS DA NOSSA TRANSPOSIÇÃO. O RIO DE JACUIPE E O RIO ITAPICURU -MIRIM , MERECEM, PELA SUA GRANDE UTILIDADE, RECEBER AS ÁGUAS RENOVADORAS E DE BOA QUALIDADE DO RIO SÃO FRANCISCO.

TRANSPOSIÇÃO JÁ.  ( Lembrando o tempo dos grandes jargões da recente história do Brasil).

Deus,na sua grandeza, dê sabedoria aos nossos governantes.




Contatos pelo e-mail : wlbmascarenhas@gmail.com
Wilson Mascarenhas é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da UFBA, ex-Prefeito do Município de
 Várzea da Roça por três mandatos, ex- Vice Presidente Regional da UPB, ex- Secretário do Codes do Território
 do Jacuipe e ex-membro do Comitê Gestor da Bacia do Rio Paraguaçu- Sub Bacia do Jacuipe. 

Nossa luta pela transposição -24 Novas medidas de proteção aos agricultores.


Oi, minha gente.

Começam a surgir medidas de proteção para os agricultores que estão sendo castigados pela seca.

Leiam abaixo nota sobre reunião coordenada pela Delegacia Federal do MDA na Bahia.





MDA discute medidas emergenciais para combater a seca na Bahia




As medidas emergenciais implementadas pelo Governo Federal para combater os efeitos da estiagem na Bahia foram abordadas em reunião coordenada nesta terça (8), pela Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no estado. No encontro, representantes dos governos federal e estadual, dos agentes financeiros e dos agricultores familiares discutiram as ações recentemente anunciadas para amenizar a situação das famílias rurais que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade. O objetivo é disseminar as iniciativas da pasta que resguardam as famílias rurais. 

A primeira delas é o Seguro da Agricultura Familiar (SEAF), um benefício dirigido exclusivamente aos agricultores familiares que contratam financiamentos de custeio agrícola no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O seguro resguarda as famílias que obtiveram perda superior a 30%. Em todo o estado da Bahia, mais de seis mil agricultores contrataram o direito ao seguro. Desse total, somente 27 acionaram o benefício até o momento. “O seguro será o complemento do agricultor, a sua garantia de renda. Todo agricultor que contrata o crédito do Pronaf tem o direito de acessar o Seaf. Com esse recurso, ele poderá reestruturar a produção e, até mesmo, ter uma renda mínima para atravessar esse período mais crítico”, explica o delegado federal do MDA na Bahia, Welliton Rezende Hassegawa. 

Para acionar o Seaf, o agricultor deverá comunicar a perda à agência bancária onde contratou a operação. A informação é feita por meio do formulário da Comunicação de Ocorrência de Perdas (COP). Nessa fase, será preciso apresentar ao banco os comprovantes com aquisição de insumos. Depois disso, a propriedade do agricultor será vistoriada por um técnico especializado no assunto. O diagnóstico realizado definirá o direito à ativação do seguro. 

Os agricultores contam também uma linha de crédito especial do Pronaf. A Resolução 4.077, que estabelece a linha de crédito especial foi aprovada na primeira semana de maio, em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), a pedido dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional.

A nova linha de crédito vale para todos os agricultores familiares adimplentes que desejam realizar operações de investimento. O limite de crédito por agricultor é de R$ 12 mil, com prazo para pagamento de até 10 anos, com três anos de carência, e taxa de juros de 1% ao ano. O agricultor conta, ainda, com um bônus de desconto de 40% sobre as parcelas de financiamento pagas em dia. 

Para os agricultores enquadrados no Grupo B do Pronaf, cuja renda familiar anual é de até R$ 6 mil, o limite de crédito é de R$ 2,5 mil, com as mesmas condições. O Pronaf B é uma linha de microcrédito rural voltada para produção e geração de renda das famílias agricultoras de  baixa renda do meio rural. São atendidas famílias agricultoras, pescadoras, extrativistas, ribeirinhas, quilombolas e indígenas que desenvolvam atividades produtivas no meio rural. Os agricultores que quiserem acessar o crédito têm até o dia 30 de dezembro de 2012 para solicitar a contração junto ao Banco do Nordeste, o único a operacionalizar a linha. 

Para acessar o benefício, o agricultor familiar deve procurar uma empresa de assistência técnica e extensão rural no seu município para obter orientações sobre como acessar a linha de crédito e como melhor empregar os recursos. A linha de crédito especial financia projetos de investimento voltados para a convivência com a seca. 

A terceira medida contra a seca inclui a prorrogação do pagamento das parcelas vencidas e a vencer, entre 1º de fevereiro de 2012 e 1º de janeiro de 2013, das operações de crédito rural realizadas por agricultores familiares atingidos pela estiagem nos estados do Nordeste e enchentes na região Norte. O adiamento foi concedido em maio pelo CMN a pedido do MDA. As renegociações e prorrogações devem ser formalizadas nos bancos e agentes financeiros até o dia 31 de março de 2013. 

Além disso, o Fundo Garantia-Safra ganhou crédito extraordinário de R$ 281,8 milhões para garantir a indenização de todos os agricultores familiares inscritos no programa e que sofreram perdas igual ou acima de 50% de sua produção devido à estiagem na região Nordeste, Vale do Mucuri, Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas Gerais.

As medidas emergenciais são aplicadas também aos municípios localizados na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Atualmente, a área de atuação da Sudene abrange totalmente os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e, parcialmente, os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.  

Ascom MDA 


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Enquanto o Estado se prepara aos poucos para conviver com situações tão graves geradas pela falta de chuvas
e absoluta ausência de grandes reservatórios de acumulação de água, principalmente na região semiárida, todas
 as medidas que amenizem o sofrimento do povo e supram as carências momentâneas são extremamente bem
 vindas, mas, não mais se pode perder o foco na direção da exigência, em todos os níveis de governo, das ações
 estruturantes que podem transformar o futuro, fazendo com que possamos conviver sempre com a realidade dos
 locais que escolhemos para criar os nossos filhos e viver as nossas vidas.

Precisamos da transposição do Rio São Francisco para as nascentes dos Rios Jacuipe e Itapicuru-Mirim, nas
imediações da cidade de Morro do Chapéu. 





Contatos pelo e-mail : wlbmascarenhas@gmail.com
Wilson Mascarenhas é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da UFBA, ex-Prefeito do Município de
 Várzea da Roça por três mandatos, ex- Vice Presidente Regional da UPB, ex- Secretário do Codes do Território
 do Jacuipe e ex-membro do Comitê Gestor da Bacia do Rio Paraguaçu- Sub Bacia do Jacuipe.  

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Nossa luta pela transposição- 23 . Parte do nosso sonho.

O Rio desce de uma altura de 119 metros e forma a Cachoeira do Ferro Doido.
Comprimento 500 km
Nascente Morro do Chapéu
Altitude da nascente 1.011 m
País(es) Brasil
O Rio Jacuípe é um rio brasileiro que banha o estado da Bahia.

Oi, minha gente.

Retiramos esta foto da Wikipédia do Google.

Que saudade e a quantos anos ninguem mais pôde admirar uma situação semelhante.

A belíssima cachoeira do Ferro Doido, em plena Chapada Diamantina, de onde desce o Rio Jacuipe, para, no início das planuras do Piemonte, acumular-se na Barragem do França, divisa dos municípios de Piritiba e Miguel Calmon, extravasar e depois de alguns pequenos barramentos , acumular-se novamente na pequena Barragem de Morrinhos, operada pela Embasa na divisa dos municípios de Mairi, Várzea da Roça e Várzea do Poço, e, após, formar o belíssimo lago da Barragem João Durval Carneiro , com  5.500.000 metros cúbicos de água, que separa o município de Várzea da Roça ( toda a margem direita) dos seus vizinhos São José de Jacuipe, Várzea do Poço e Quixabeira e extravasando ir unir-se, como afluente principal da margem esquerda, ao Rio Paraguaçu, na Barragem de Pedra do Cavalo, auxiliando o abastecimento da Região Metropolitana de Salvador e as cidades do Recôncavo bahiano, depois de atender toda a região sisaleira do estado.

Maravilhoso e maltratado Rio de Jacuipe, fonte de viver de tanta gente. Sonho com o dia em que os dirigentes de todos os municípios banhados e atravessados por ele, tomem conhecimento da sua importância passada, presente e futura e disponham-se a preservá-lo e protegê-lo, para que o tenhamos sempre, útil e prestativo, emprestando as suas águas para diversos bons usos.

Observem os senhores a altura da cachoeira do Ferro Doido - 119 metros. Um edifício de 40 andares. Um maravilhoso potencial de geração de energia elétrica, se pudéssemos ter, permanentemente, uma vazão transposta do Rio São Francisco, movendo uma turbina, além do incremento do turismo ecológico, indústria limpa, em um ponto de belezas naturais maravilhosas, como se pode observar na foto.

A nossa campanha pela transposição já chega aos centros de decisão do estado. Pedimos, inicialmente, apenas que se iniciem os estudos de viabilidade técnica para que as águas do Rio São Francisco cheguem às alturas do Morro do Chapéu e de lá despenquem para nos dar vida. A estrada está pronta de lá para cá.

Hoje, na situação em que a nossa região se encontra, eu diria que não caberiam mais estudos para se decidir sim ou não pela transposição. Os estudos deveriam ser orientados para se descobrir a melhor solução de viabilizar a tranferência das águas. Seja por canais em diversos níveis até  a cidade de América Dourada, seja utilizando-se a calha do Rio Jacaré ( Vereda de Romão Gramacho), com um grande reservatório de acumulação em América Dourada e aí partindo uma grande adutora até o alto do Morro.
Soluções de engenharia teremos inúmeras. Recursos......aí está o problema.... devem sempre surgir quando se destinam a proporcionar condições de vida digna a parte expressiva da população, razão da existência de qualquer governo, e que para ela deve estar sempre com os seus olhos voltados.

Confiamos na sensibilidade do Governador Jaques Wagner. Quando nos referimos ao despreparo do Estado da Bahia para o enfrentamento com a seca, que o Governador está agora vivenciando, nos referimos a décadas de projetos acumulados e nunca empreendidos, ao contrário dos outros estados nordestinos que investiram fortemente na acumulação de águas e agora com a transposição do Rio São Francisco para o Nordeste Setentrional veem coroados os seus esforços estruturantes, pois , além da grande quantidade de águas armazenada, têm agora, grande parte das suas principais bacias interligadas, dando-se ao luxo de dirigir 70 % das águas transpostas apenas para irrigação, enquanto aqui, nós sonhamos com 100 % da pequena transposição  para consumo humano e animal, com pequeníssima parcela voltada para irrigação praticada pela agricultura familiar.

Confiamos na sensibilidade dos deputados dos diversos partidos, que são votados na região, liderados pelo Presidente da Assembléia Legislativa, Deputado Marcelo Nilo, que desde que tomou conhecimento da nossa idéia, tem sido um grande incentivador e defensor entusiasmado, para que o pleito tome a cada momento mais volume e seja reconhecida a sua importância.

Confiamos na capacidade dos políticos locais em todos os municípios da região, para que unam suas vozes à nossa e engagem a sociedade civil organizada nesta luta, cada vez mais necessária.

O problema está instalado e é de todos nós , sertanejos, que precisamos de água para viver.

Teremos um grande seminário sobre abastecimento de água na região no próximo dia 25 de maio, na cidade de Várzea da Roça, promovido pelo CODES - Jacuipe, e segundo a Professora Joilma Rios, que nos informou e nos convidou, todos os gestores municipais da região foram convidados, alguns secretários estaduais e deputados votados na região, sociedade civil organizada e diretores de órgãos envolvidos com o problema. Com certeza, será um grande foro de debates e que do seminário saia uma proposta real e efetiva a ser encaminhada ás autoridades maiores do estado e do país para solução desse problema que nos aflige a todos.

Daqui do blog Bahia de Verdade nossos votos de sucesso para o evento e agradecimentos de toda a região aos idealizadores.

Deus nos dê forças, ânimo e voz, para que possamos prosseguir nessa luta, até o convencimento dos nossos governantes, de que a transposição é a única solução viável e possível para que tenhamos uma fonte segura, confiável e permanente de água de boa qualidade para todos nós.




Contatos pelo e-mail : wlbmascarenhas@hotmail.com
Wilson Mascarenhas é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da UFBA, ex-Prefeito do Município de Várzea da Roça por três mandatos, ex- Vice Presidente Regional da UPB, ex- Secretário do Codes do Território do Jacuipe e ex-membro do Comitê Gestor da Bacia do Rio Paraguaçu- Sub Bacia do Jacuipe.  




Nossa luta pela transposição - 22 A situação se agrava.

Oi, minha gente.

Tudo que tanto vimos conversando e comentando sobre a situação dos reservatórios que nos abastecem na região, todas as nossas preocupações vem se confirmando e situações drásticas e lamentáveis começaram a ocorrer em toda a nossa região da Chapada, Piemonte, Paraguaçu e Jacuipe, com efeitos se expandindo, atingindo as sedes municipais e ameaçando chegar em curto espaço de tempo à região de Salvador.

Ontem, na Barragem João Durval Carneiro, município de Várzea da Roça, uma força tarefa capitaneada pelo Inema, confiscou todas as pequenas bombas dos micro produtores que atuam na borda do lago, deixando uma infinidade de famílias sem ter como conquistar o pão de cada dia. Conserva-se a água, pouca que resta, 12 a 13% da capacidade de acumulação do lago, e mata-se pela fome a quem não possui outro meio de vida. Ironias da vida de quem é teimoso e valente, e insiste em ficar nesse sertão, tão despreparado para enfrentar e conviver com uma situação que, pelo tanto de vezes em que se repetiu, era para não mais constituir-se nenhum problema.Essas famílias, no mínimo, terão que receber algum auxílio financeiro do estado, para que, tendo interrompidas suas atividades, possam ao menos  alimentar a si e aos seus filhos.

 O Rio Jacuipe, temporário, não tem condições de repor nem a cada três anos, a capacidade dos reservatórios do França, Morrinhos ( pequenino) e São José de Jacuipe ( Barragem João Durval), com as consequencias todas que estamos presenciando agora.

A Barragem de Pedras Altas, que já já estará alimentando com as suas águas a esperada Adutora para a região sisaleira e outros municípios do Território da Bacia do Jacuipe, não possui realimentação suficiente para essa demanda, pelo que estamos presenciando de precipítações de chuvas na bacia do Rio Itapicuru-Mirim. Mais um problema instalado para breves dias.

TODOS ESSES FATORES APONTAM PARA UMA ÚNICA CONCLUSÃO :

 NÃO POSSUIMOS UMA FONTE SEGURA, PERMANENTE E CONFIÁVEL DE ÁGUA DE BOA

QUALIDADE EM TODA A NOSSA REGIÃO.

ATENTEM TODOS : PRECISAMOS DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO TRANSPORTADAS PARA AS NASCENTES DOS RIOS JACUIPE E ITAPICURU -MIRIM, NAS IMEDIAÇÕES DO MUNICÍPIO DE MORRO DO CHAPÉU.

É VIÁVEL, MINHA GENTE.

A RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO É ALTAMENTE POSITIVA , CONSIDERANDO-SE UMA POPULAÇÃO DE QUASE  1.000.000 ( HUM MILHÃO ) DE BAHIANOS , EM QUASE 50 MUNICÍPIOS,  DE 10 TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE .


Neste momento em que escrevo, recebo notícias que outras ações da força tarefa capitaneada pelo Inema, também bloquearam a pequena irrigação no lago do França( Rio Jacuipe), em lago de barragem nos  município de Vitória da Conquista e município de Utinga, tirando as fontes de subsistencia de muitas famílias.  Pura e simples imprevidência e absoluto despreparo do Estado da Bahia em não valorizar ações e projetos estruturantes na área do abastecimento REAL de água.

Todas as adutoras que estão sendo executadas são necessárias e bem vindas , pois são ligações dos reservatórios aos consumidores.
Um programa efetivo de cisternagem, com cisternas que comportem 50 m³ ( 50 mil litros ) de água, resolve o problema da sede familiar ( água para beber e cozinhar e de quebra beber, o cachorro , o gato e o papagaio), porém têm que ser construidas com uma área de captação compatível com a pluviometria anual  local, e cisterna vazia não mata a sede de ningúem.

Mas, precisamos efetivamente de um programa ininterrupto e de longo prazo para a construção de barragens e açudes de grande capacidade como o Castanhão no estado do Ceará, aproveitando a totalidade das cheias dos nossos muitos rios temporários e dos poucos que são perenes, e, após a construção dos grandes reservatórios, executar as obras necessárias para a interligação das bacias , tornando o estado auto suficiente para enfrentar qualquer situação de futuras grandes estiagens. É sonho?  Mas não temos outra saída para encarar um futuro quer vem por aí, cada dia mais alarmante no que se refere às condições de vida em determinados locais do planeta, e que pode nos atingir de repente.

A partir deste momento difícil que todos enfrentamos , e em ano de eleições municipais, é importante que todos os municípios doravante, incluam nos seus parcos orçamentos municipais ações estruturantes na direção de possuir a maior quantidade possível de água acumulada, incentivo á proteção de nascentes de água, mesmo as mais pequenininhas, colocar a juventude colegial em programas de recuperação das matas ciliares de rios e riachos, enfim, pessoal, vivemos no semiárido e precisamos aprender a viver no semiárido.

Lembrem-se bem : quando chover, todo esse blá blá blá será esquecido até que tudo aconteça novamente , e sempre de uma forma pior, pois, a população está aumentando, os mecanismos de controle social no Brasil são débeis e ineficientes, crime ecológico é somente quando cai petróleo no mar e dá notícia no Jornal Nacional, destruição de matas é lucro e de rios ninguém liga.

Deus nos proteja e nos mande chuvas.





Contatos pelo e-mail : wlbmascarenhas@hotmail.com
Wilson Mascarenhas é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da UFBA, ex-Prefeito do Município de Várzea da Roça por três mandatos, ex- Vice Presidente Regional da UPB, ex- Secretário do Codes do Território do Jacuipe e ex-membro do Comitê Gestor da Bacia do Rio Paraguaçu- Sub Bacia do Jacuipe.  

terça-feira, 1 de maio de 2012

Nossa luta pela transposição - 21 Ações efetivas começam a se concretizar.


   
Oi, minha gente.

Para nossa satisfação, o governador Jaques Wagner esteve na região de Irecê, dia 28 de abril, e agora o valoroso Velho Chico começa a servir verdadeiramente o nosso estado, com as obras da Adutora de Irecê, ali anunciadas  e reiniciadas pela EMBASA.
Aos poucos, e ainda timidamente, as soluções verdadeiras para a convivencia com a seca e para o abastecimento de água nos municípios sertanejos vão se iniciando.
Será uma longa marcha até a conscientização das populações para o bom uso e manutençao dos nossos cursos d'água, a preservação das nascentes, a  implantação e zelo pelas matas ciliares, enfim, todas as ações necessárias para a preservação do maior bem do futuro do planeta que é a ÁGUA DOCE, aliadas a obras estruturantes de interligações das bacias hidrográficas mais importantes das  diversas regiões do estado, fazendo com que o excesso de água das regiões mais favorecidas em termos de pluviometria ( quantidade de chuvas ) possa chegar ás regiões menos favorecidas do semiárido, diminuindo o grande deserto hidrogeográfico da Bahia, como diz o Dr. Manoel Bonfim.

Vejamos a fala do nosso Governador:

 



              Wagner reverencia luta e conquistas dos trabalhadores

O governador Jaques Wagner dedica boa parte de seu programa de rádio semanal para destacar a luta dos trabalhadores em organizações de classe e as conquistas profissionais alcançadas na era do ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva e na atual gestão Dilma Rousseff. “Melhoramos muito a condição de valorização do salário mínimo. Melhoramos aqui a condição do funcionalismo público, com mais de 30% na média de aumento real em relação ao que eles tinham”, comemora.
Na mesma edição, Wagner dá ênfase à inauguração do trecho que concluiu a recuperação de toda extensão dos 244 quilômetros da BA 052, a estrada do Feijão, com investimento total de R$ 88,15 milhões e que beneficia aproximadamente 1 milhão de baianos. A boa impressão da comissão técnica da FIFA que visitou as obras de construção da Arena Fonte Nova é outro assunto comentado no programa. “O que eu posso garantir é que nós estamos consolidando a nossa posição para podermos participar da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014”.
Região de Irecê  O governador foi à região de Irecê no último sábado (28) para entregar o último trecho de recuperação da BA 052 e visitar as obras de construção da adutora do São Francisco. A adutora vai levar água do Rio São Francisco desde Xique-Xique até a microrregião de Irecê para resolver a carência de abastecimento em períodos de seca e os problemas que a Barragem de Mirorós vem enfrentando. “A Embasa já iniciou este mês a terceira e última etapa da obra da Adutora do São Francisco, um investimento de R$ 179 milhões, que vai beneficiar uma população de 350 mil pessoas”, informa.
A recuperação do trecho da BA-052 entre Xique-Xique e o povoado de Porto Feliz, em Piritiba, a chamada Estrada do Feijão, entregue pelo governador Jaques Wagner, neste sábado (28), teve cerimônias nos municípios de Morro do Chapéu, Xique-Xique e Irecê. A estrada é importante via para o escoamento de grãos, oleaginosas, minérios e da pecuária produzidos na região. Estima-se que pela rodovia circulem 1,9 mil veículos por dia. Com a recuperação do trecho, cerca de 990 mil pessoas dos municípios Tapiramutá, Piritiba, Morro do Chapéu, América Dourada, João Dourado, Irecê, Central, Xique-Xique, São Gabriel, Jussara, Presidente Dutra, Lapão, Uibaí e Itaguaçu da Bahia serão beneficiadas.
A obra foi realizada com recursos da ordem de R$ 88,15 milhões, por meio do Programa de Restauração e Manutenção de Rodovias no Estado da Bahia (Premar), que está restaurando estradas estaduais com grande volume de tráfego e intenso fluxo de cargas.
1º de maio - A data de comemoração maior das lutas dos trabalhadores é reverenciada pelo governador como essencial para se ter “melhores condições de trabalho e de vida, melhor remuneração”. Segundo ele, nesses 10 anos - oito do governo do presidente Lula e um ano e quatro meses do governo da presidenta Dilma Rousseff - houve ampliação da geração de emprego, com mais trabalhadores tendo carteira assinada e melhores condições de trabalho. “São muitos avanços, muitas conquistas ainda para continuar lutando por elas”, frisa Wagner ao dizer que estimula a organização dos trabalhadores em sindicatos, associações e nas centrais sindicais.

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Daqui do Blog Bahia de Verdade as nossas felicitações a todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras pela passagem do seu dia. 


Que o  estado da Bahia pense urgentemente em uma solução para que possa estender a adutora do São Francisco até a cidade de América Dourada e daí , olhando para o alto, possa dar o grande salto até o Morro do Chapéu, viabilizando a nossa independencia em termos da obtenção de uma fonte segura e permanente de água de boa qualidade para todos que estamos aqui do outro lado do morro, sertanejos do Piemonte da Chapada, do Teritório da Bacia do Jacuipe e dos outros oito territórios de identidade banhados pelas águas dos rios Jacuipe e Itapicuru. 
PRECISAMOS DA TRANSPOSIÇÃO URGENTEMENTE.


Fiquem todos em paz.







Contatos pelo e-mail : wlbmascarenhas@hotmail.com


Wilson Mascarenhas é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da UFBA, ex-Prefeito do Município de Várzea da Roça por três mandatos, ex- Vice Presidente Regional da UPB, ex- Secretário do Codes do Território do Jacuipe e ex-membro do Comitê Gestor da Bacia do Rio Paraguaçu- Sub Bacia do Jacuipe.  

domingo, 29 de abril de 2012

Nossa Luta Pela Transposição - 20



Oi, minha gente.


Publicamos abaixo, fala do Senhor Governador do Estado da Bahia, onde enfatiza a sua preocupação com a seca que assola o estado  e externaliza a sua solidariedade.



Governo intensifica ações de combate aos efeitos da seca no Estado

No programa de rádio desta terça-feira (17), o governador Jaques Wagner retoma o assunto da seca que atinge municípios de várias regiões do Estado. Ele fala de sua preocupação com a assistência às pessoas atingidas e informa sobre as ações adotadas para combater os efeitos da estiagem. “Quero mais uma vez aqui externalizar a mais absoluta solidariedade ativa, não só do governador, mas de toda estrutura do governo”.
“A seca, hoje, é a minha maior preocupação”, afirma Jaques Wagner, informando sobre as medidas que o governo do Estado, com o apoio do governo federal vem adotando, para enfrentar a situação. Entre as iniciativas, ele destaca o investimento de R$ 200 milhões no Aquífero Tucano, uma bacia de água doce voltada para o consumo humano e para a irrigação da plantação, que deve ser inaugurada ainda este mês e que vai beneficiar a região do nordeste do Estado.
“Essa seca, que já vem de três anos, vai se configurando como a mais dura dos últimos 40 anos”, diz. O governador fala de outras obras estruturantes em andamento, como as adutoras do Feijão, do Algodão, de Pedras Altas e de Ponto Novo, que vão abastecer milhares de pessoas, além do programa Água para Todos, que há cinco anos tem abastecido a população de diversas regiões do interior baiano.
Segundo Wagner, o governo federal tem comparecido – na semana passada cinco ministros estiveram na Bahia vendo o que poderia ser feito para amenizar o sofrimento do povo -, “Devo reivindicar mais, porque a situação nossa já é de calamidade, com mais de 200 municípios com situação de emergência decretada”. Ele pede também o apoio da população, principalmente aqueles que ainda dispõem de algum abastecimento, para economizar água até que a situação se normalize.

Junto do povo - O governador fala de outros projetos do governo nos municípios do Estado e afirma que já é conhecido como o governador que mais visita o interior. “Entendo que para governar bem é preciso estar junto do povo, perto do problema, ouvindo um pedido ou uma reclamação”. Na semana passada ele esteve em Barreiras, onde assinou ordem de serviço para obras de acesso ao campus da Universidade Federal da Bahia.
Também no oeste baiano, ele visitou o município de Luís Eduardo Magalhães, onde entregou uma Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA24h), construída em parceria com o governo federal, e autorizou obras de sinalização vertical da cidade. “Adoro ir para o interior”, diz, informando que esta semana entrega obras de recuperação de estrada à população do município de Bonito.
O governador fala ainda de sua participação, nesta segunda-feira (16), da abertura, no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, do Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia do Biodiesel. Enfatiza que o Brasil é o país com a matriz de energia mais limpa do planeta e diz que a Bahia se destaca nesse contexto, com um potencial muito grande para a produção de biocombustível, além das hidrelétricas do Rio São Francisco e da energia eólica.
O governador diz que a Bahia é o segundo maior do País no campo de energia eólica e que o Estado vai desde a biomassa, passando pelas energias tradicional, hidráulica e dos ventos, “Portanto, o nosso esforço é para garantir o desenvolvimento com sustentabilidade, protegendo o meio ambiente e gerando emprego para suprir também o problema na área social”.


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Sabemos da real preocupação do Governador Jaque Wagner com a condição do povo da Bahia, principalmente nas áreas mais atingidas pela seca, sabemos do seu esforço com as soluções de curto prazo como as adutoras de Algodões e Pedras Altas entre outras, sabemos dos esforços que tem desenvolvido na direção da captação dos recursos necessários para minorar o sofrimento das populações  do sertão,porém, o que mais esperamos do nosso governador é dar o pontapé inicial nos grandes projetos que farão a Bahia ter um melhor preparo futuro para a convivência com a seca, que sempre virá, mais dia menos dia, mais um ano, menos um ano, mas virá.  Grandes açudes, governador, interligados por canais e adutoras. Revitalização e proteção dos rios mais importantes para o futuro do povo da Bahia. Manter conservada e protegida a grande artéria que vem de regiões de pluviometria mais constante, nos trazendo a água da vida , que é o Rio São Francisco, que tem de ser zelado e tratado como tratamos os nossos pais e filhos. É isso que esperamos de quem confiamos os nossos votos.
Temos grandes dúvidas sobre o uso em larga escala das águas do grande aquífero de Tucano. Com a retirada de 3% ao ano, em dez anos teremos uma caverna gigantesca, um oco de 30 % do seu  volume, em uma região de pluviometria incerta, para repor águas que a natureza levou milhões de ano para acumular. 
Que Deus, na sua infinita sabedoria e bondade nos proteja e ilumine. 

Nossa luta pela transposição -19 A seca avança.




Oi, minha gente.


São tempos difíceis, mas espero que estejam todos em paz.

A seca avança em grande parte do estado da Bahia, levando desespero e aflição à todos que vivem essencialmente do campo, mas também mostrando os seus reflexos nos comércios de praticamente todas as localidades das áreas atingidas, pois todos os recursos disponíveis  estão dirigidos para as ações de convivência com o flagelo.

Como vimos na publicação anterior, em sensato artigo escrito pelo Engenheiro Manoel Bonfim, que nos foi enviado pelo caro amigo Dr. Juarez Sena, dedicado técnico e dirigente da EBDA regional, em todo o Nordeste brasileiro a Bahia foi o estado que menos se preparou em termos de acumulação de águas em grandes açudes. Não dispomos de grandes adutoras partindo da nossa fonte mais segura e confiável de água de boa qualidade que é o Rio São Francisco, os municípios , por sua vez, não foram estimulados a considerar o abastecimento de água como obra prioritária e também , com algumas raras exceções, estão completamente despreparados para o enfrentamento com a situação, todos loucamente correndo atrás de cestas básicas e carros pipas, heróis do momento.


Sei que o que estou escrevendo será fato esquecido assim que as primeiras chuvas aparecerem, mesmo com todo o rastro de amarguras e prejuízos deixados para trás, porém, não é possível que as pessoas que escolhemos para dirigir os nossos destinos e das nossas famílias ( e este ano teremos eleições municipais ...), continuem a agir como se tudo que os municípios estão passando sejam apenas manchetes de jornais, espaço de presença para aparecerem pessoas sem sensibilidade para com o sofrimento humano, e não procurem enxergar soluções viáveis e definitivas para o problema, que, mesmo sendo caras, serão imensamente mais baratas que a vida  de quem habita no sertão.


Qualquer valor investido em ações positivas que permitam ao homem uma melhor convivência com o fenômeno das secas, terá sempre uma relação custo benefício imensamente favorável.


Enxergo, na minha crédula visão de futuro, obras de perenização para os rios Verde e Jacaré, na região de Irecê. 
Enxergo, a nossa transposição, que é a transferência das águas do Rio São Francisco para as nascentes dos Rios Jacuipe e Itapicuru- Mirim , no município de Morro do Chapéu ( difícil , mas não impossível),resolvendo o problema de 59 municípios em 10 Territórios de Identidade. 
Enxergo a construção de alguns grandes açudes, em rios impetuosos porém temporários, que correm em nossas caatingas, interligados a grandes adutoras oriundas de rios permanentes.
Enxergo o solo fértil da caatinga, permitindo a sobrevivência e o progresso de milhares de agricultores familiares. É só irrigar.
Enxergo, em curto espaço de tempo, a necessidade de uma melhor gestão para as águas do Rio Paraguaçu, extremamente sofrido e combalido, pois no futuro, o abastecimento de água da região metropolitana de Salvador poderá sofrer os mesmos problemas que já se avistam na grande São Paulo.
Enxergo, ações prioritárias e imediatas para conservação e revitalização das grandes bacias de água doce do estado da Bahia, com a obrigatoriedade das matas ciliares em todos os cursos de água, com o tratamento sistemático dos efluentes das cidades e localidades ribeirinhas e a proteção paga e garantida das nascentes. 
Bàsicamente, o que enxergo é um planejamento lúcido a curto, médio e longo prazo, não tão longo que alcance mais 26 anos de outro período mortal de seca, de obras e ações tão propaladas e nunca executadas que nos permitam viver onde escolhemos criar as nossas famílias com conforto e dignidade.    

sábado, 28 de abril de 2012

Nossa luta pela transposição - 18 A seca avança e piora.

Oi, minha gente.


Muitos dias afastado do blog, por força das nossas múltiplas atividades, mas hoje, sábado, 28 de abril, resolvemos tirar o dia para passar a limpo a situação gravíssima em que se encontra o estado da Bahia, ( não só o semi-árido ), em relação  à essa estiagem perversa que está transformando grande parte do estado em lugares difíceis para se viver, ou criar rebanhos, ou produzir alimento ou mesmo beber e outras atividades de rotina onde a água é fator fundamental.




 Para continuar a ressaltar o que já vimos afirmando em todos os artigos anteriores que falam da nossa absoluta necessidade de uma fonte confiável, segura e perene de água de boa qualidade para o consumo humano e animal, publicamos abaixo um artigo do Engenheiro Manoel Bonfim Ribeiro, velho batalhador do DNOCS ( Departamento Nacional de Obras Contra a Seca ), que com muita clarividência ressalta o absoluto despreparo do Estado da Bahia, ao longo de décadas, para conviver com esse fenômeno tão destrutivo, porém que se sabe chegará com certeza, e que ao passar, novamente será relegado ao esquecimento, até que se apresente novamente, para cobrir mais prejuízos e até vidas, como nos mostra a história.
Leiamos o artigo :








A SECA NO ESTADO DA BHIA
Eng. Manoel Bomfim Ribeiro
A seca já se instalou nos sertões do estado da Bahia produzindo os seus efeitos negativos e nefastos sobre a economia dos agricultores.
Não é uma seca inusitada, mas prevista de longas datas pelos estudos do Instituto de Atividades Espaciais-(IAE) de São José dos Campos. Esta previsão foi chamada de“Prognóstico do Tempo a Longo Prazo” Baseia-se em interpolações e pesquisas cuidadosas fundamentadas no histórico pluviométrico da região nordeste. A cada 26 anos ocorre uma grande seca, como aconteceu a de 1979/84 quando o DNOCS e outros órgãos dos estados nordestinos receberam antecipadamente relatórios sigilosos analisando e alertando para o que iria ocorrer. Não é um modelo matemático na acepção do termo, mas um “Método Estatístico de Correlação,” estudo que passou a merecer toda a credibilidade dos técnicos e dos poderes administrativos.
Fizemos, pessoalmente e por curiosidade, uma regressão com o perfil senoidal das secas acontecidas desde a chegada de Tomé de Sousa ao Brasil. A coincidência foi magistral, a cada 26 anos a senóide entra no seu ramo descendente apontando exatamente as secas ocorridas na região em séculos passados. Exemplificamos só algumas: 1582/84-1777/80-1877/80-1930/ 33 1957/59 e por aí vai a ciclometria das secas
Não é uma equação, é um modelo que pode sofre alterações nas datas presumidas das secas para mais ou para menos devido à complexidade da trama atmosférica que foge aos domínios de técnicos, meteorologistas e cientistas. Esta seca instalada agora, sobretudo no estado da Bahia, promete durar todo o ano de 2012 e também por todo o ano de 2013.
Neste estudo procuramos mostrar o sistema ondulatório dos períodos de chuvas escassas indicando a projeção das estiagens que afligem a região.
Analisemos agora o Semi-Árido baiano.
O Semi-Árido dos quatro estados Ceará, Paraíba, R. G. do Norte e Pernambuco somam uma área total de 327.000 km² e o da Bahia sozinho tem área de 320.000 km², praticamente igual. Desde o final do século XIX aqueles estados começaram a luta pela geração de água construindo açudes de maneira obstinada. A seca de 1877/80 foi tirana ceifando 500.000 vidas, 10% da população nordestina que era na época de 5.000.000 de habitantes. Uma grande calamidade. Morriam de fome, sede, tifo, bexiga e outras endemias. Uma grande tragédia registrada na história do Nordeste e jamais esquecida.
Juntar água foi, então, o grande objetivo de todos os nordestinos uma vez que estes reservatórios se tornaram essenciais para melhorar os terríveis efeitos da seca. O açude é um núcleo de vida, de atividade social e econômica, sobretudo nos períodos calamitosos de secas.
A nucleação em torno da açudagem foi de tal importância que os nossos técnicos se tornaram os maiores barrageiros do mundo e ao logo do século XX construíram a maior rede de açudes do planeta Terra, mais de 70.000 açudes armazenando 40 bilhões de m³de água, volume igual a 16 baias da Guanabara. O sertão virou mar.
O Semi-Árido baiano, entretanto, ao longo do século XX, ficou totalmente esquecido pelos governantes apesar da sua mais baixa pluviosidade. Não participou da epopéia nordestina gerando e acumulando água para os períodos inditosos. Não tivemos um programa específico e determinado de construir uma estrutura hídrica.
O Estado já tinha tudo, “Cacau, Petróleo e Paulo Afonso, as riquezas da Bahia”, um jingle eleitoral. O cacau declinou, o petróleo, o maior produtor em terra, é, hoje, o R.G. do Norte e Paulo Afonso é de todo o Nordeste. Construímos, tão somente, cerca de 150 açudes de pequeno e médio porte armazenando 1 bilhão de m³. Toda nossa água armazenada cabe num único açude do Ceará, o Araras que acumula 1 bilhão de m³. Em 1882, há 130 anos passados, o Rio G. do Norte já tinha açude acumulando 600.000 m³ de água. Em 1934 o Ceará já armazenava 1 bilhão de m³ o que hoje acumula a Bahia.
O nosso Semi-Árido possui uma excelente rede filamentar de rios e riachos intermitentes podendo construir um portentoso programa de açudagem, mas nada foi feito.
Vejamos mais, o rio São Francisco banha 850 km no Estado pela margem esquerda, de Carinhanha a Casa Nova e 1300 km pela direita, de Malhada a Paulo Afonso. São mais de 2.000 kmlindeiros, mas não possuímos uma só adutora adentrando-se pelos nossos sertões. O estado de Sergipe, com 250 km de rio, tem 5 adutoras levando água aos seus municípios.
O Semi-Árido baiano se constitui, portanto, na maior solidão hidro geográfica do Brasil.
Não estamos preparados para enfrentar a grande seca de 2012/13. Os nossos administradores foram sempre absenteístas em relação a esta grande hinterlândia baiana. São 269 municípios, 57% da área do Estado carentes de estrutura hídrica.
O programa de cisternas é excelente para as famílias sertanejas, já é um avanço, mas é água domestica, mitiga a sede, mas não gera economia.
Temos, portanto, um Semi-Árido pobre, mas prenhe de riquezas naturais. A caatinga com suas 922 espécies botânicas é um bioma único no mundo. Por ser pouco explorada, esta grande área mantém ainda uma rica vegetação xerófila, verdadeiro baluarte contra a desertificação devido a sua intensa inflorescência para a perpetuação das espécies. Esta rica fitogeografia é um paraíso, o melhor do mundo para o desenvolvimento de um vigoroso programa de apicultura orgânica. O Semi-Árido baiano, este grande sertão dilatado, pode produzir cerca de 120.000 toneladas de mel por ano, três vezes o que todo o Brasil produz.
A faveleira, euforbiácea leguminosa, nativa dos nossos sertões, é, ainda, um diamante bruto da caatinga á espera de lapidação. Ela, sozinha, redimirá o Semi-Árido baiano com a produção de um finíssimo óleo de mesa que substituirá, com vantagens, o óleo de oliva, além da sua excelência como forrageira para caprinos, riquíssima em proteínas. Existem muitas outras riquezas naturais, mas permanecem inexploradas na estática do nada.
Estas potencialidades naturais da região não fazem, entretanto, nenhum progresso sem que haja o empenho da sociedade e dos poderes constituídos. O Semi-Árido setentrional está anos-luz á frente do baiano, preparado para a grande seca e nós aqui no estado da Bahia ainda estamos de calças curtas.
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Vejam os amigos, o que afirmamos sobre a sub-utilização do Rio São Francisco pelo Estado da Bahia.

Precisamos de água nas calhas do Rio Jacuipe e do Rio Itapicuru- Mirim, a partir da transposição do Rio São Francisco até a cidade de América Dourada e o bombeio até a cidade de Morro do Chapéu, que é a nascente dos dois rios.

Existem obras gigantescas no momento sendo executadas no Brasil, com relação custo benefício imensamente menores do que oferecer condição digna de existência a , no momento , mais de 1.000.000 ( Hum milhão ) de habitantes do Estado da Bahia.




TRANSPOSIÇÃO O MAIS BREVE POSSÍVEL. 
PRECISAMOS DOS ESTUDOS DE VIABILIDADE . 
PRECISAMOS DE MAIS VOZES CHEGANDO AO SENHOR GOVERNADOR. 
A SITUAÇÃO AGRAVA-SE A CADA MOMENTO. 
DENTRO EM BREVE OS CARROS PIPA NÃO TERÃO MAIS DE ONDE APANHAR ÁGUA PARA LEVAR ÀS POPULAÇÕES DOS MUNICÍPIOS DO SEMI-ÁRIDO.


DIVULGUEM AMIGOS, A CAUSA É COMUM A TODOS.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Mas que COISA. Já tinham pensado nisto ??????

Oi minha gente.

Daqui do blog Bahia de Verdade, uma Feliz Páscoa para todos e que Deus nos mande chuvas urgentemente, enquanto não conseguimos a nossa transposição.

Mas, fazendo um intervalo em todas as nossas preocupações com o estado das" coisas" em nossa região, vamos publicar uma COISA maravilhosa que nos chegou, enviada por uma pessoa das mais lindas e com um espírito também dos mais lindos que conhecemos, que é a cara amiga Beth Tourinho. Tal COISA achada só poderia vir mesmo de alguém que sabe muito das "coisas".

Vejamos o texto:



MAS QUE COISA!
Não sei quem é o autor dessacoisa, mas que é uma coisa legal, é!
A palavra "coisa" é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.
Gramaticalmente, "coisa" pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma "coisificar". E no Nordeste há "coisar": "Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?".
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as "coisas" nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. "E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios" (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, "coisa" também é cigarro de maconha..
Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: "Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já."E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha. [Incentivando crianças ao uso de baseado???!!!]
Na literatura, a "coisa" é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica "O Coisa" em 1943."
A Coisa" é título de romance de Stephen King.
Simone de Beauvoir escreveu "A Força das Coisas", e Michel Foucault, "As Palavras e as Coisas."
Em Minas Gerais , todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de "a coisa". A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: "Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!".
Devido lugar: "Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)".A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro.
"Mas se ela voltar, se ela voltar / Que
coisalinda / Que coisa louca."Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta "Alguma coisa acontece no meu coração",de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Em 1997, a NASA lançou a "Missão Mars Pathfinder", enviando um robô para explorar Marte. O mecanismo foi programado para ser acionado a partir do som de uma música e a escolhida foi um samba de Jorge Aragão/Almir Guineto/Luis Carlos da Vila. Assim, o robô da Nasa, foi "acordado" com a música:
coisinha tão bonitinha do pai...". Lembram?
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruimé o capeta. Coisa boaé a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa de cinema! "A Coisa" virou nome de filme de Hollywood, que tinha o "seu Coisa" no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem "Coisinha de Jesus".
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, "coisa nenhuma" vira "coisíssima". Mas a "coisa" tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré: "Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar", e A Banda, de Chico Buarque: "Pra  ver a banda passar / Cantando coisasde amor". Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: "Coisa linda / Coisa que eu adoro".
Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o "rei" das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade afinal, "são tantas coisinhasmiúdas".
"Todas as
Coisas e Eu" é título de CD de Gal. "Esse papo já tá qualquer coisa...Já qualquer coisa doida dentro mexe." Essa coisa doida é uma citação da música "Qualquer Coisa", de Caetano, que canta também: "Alguma coisa está fora da ordem."
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisano devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal.
O cheio de
coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa.
Para o pobre, a
coisaestá sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisanenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: "Agora a coisavai."Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema "Eu, Etiqueta", Drummond radicaliza: "Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente."E, no verso do poeta, "coisa" vira "cousa".
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para serem usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas?
Bote uma
coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra:paz, saúde, alegria e outras cositas más.
Mas, "deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisaparecida", cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda.
Por isso, faça a
coisa certa e não esqueça o grande mandamento:"AMARÁS A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS".
ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA?
Beijo bem coisado no fundo do coração!Piscadela
Beth 
Obrigado, Bethinha.
Outro beijo grande para você.
Fiquem todos em paz.